quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Crítica - Scott Pilgrim Contra o Mundo



O filme mais criativo, inovador, divertido, engraçado, original e inventivo da história do cinema.




Vocês já devem estar cansados de ouvir/ver eu falar desse filme. Mas para mim ele se tornou especial. Algo único.
Sempre sonhei em ter um filme que pudesse converter toda a magia dos games na grande telona. Sonho com isso desde que ganhei meu NES (Nintendinho). E isso foi as 5~6 anos de idade. Isso quer dizer que espero um filme magnifico, e brilhantemente dirigido como esse a 8~9. Podem me chamar de nerd. Mas, a grande maioria dos meninos, tem/tiveram o mesmo pensamento que eu. E nem ao menos pensou sobre isso, ou imaginou que você estavam lutando com espadas e monstros gigantes a sua volta para salvar alguem que amar, você é gay.

Quando vi o trailer de Scott Pilgrim Contra o Mundo pela primeira vez, não pude acreditar no que estava vendo. Pela primeira vez no cinema, iríamos ter um filme Gamer.
Moedas caem ao chão ao derrotar o chefe, pensamentos e idéias em formas de rodas que se movimentam rapidamente e de forma improvisaria para evitar constrangimentos, mas acontece justamente o contrario.

As letras VS aparecem ao oponente aceitar o confronto contra um dos 7 chefes que Scott Pilgrim tem que derrotar se quiser provar seu amor a Ramona Flowers.




Músicas que representam uma geração que foi criada numa sociedade crítica e revoltada com os acontecimentos ao redor do mundo. Relacionamentos que são tão reais, tão próximos e tão fatos que o telespectador se vê diante de algo que já passou pelos seus olhos, pela própria pele.

História que é taxada de ser infantil, mas que, na realidade, é madura, pura de sentimentos reais e das confusões da vida amorosa que temos durante a vida. As incertezas, as dificuldades. Tudo é passado aos nossos olhos ao vermos Scott Pilgrim lutando contra 7 chefes que o bloqueiam do que mais quer: sua amada.



Quando vi o filme no cinema, depois de esperar 5 longos meses, em que tive que aguentar escola, amigos que se tornam inimigos, pressões familiares para estudar ao vestibulinho etc, eu tive o prazer de ver esse filme que para mim, e outros, revolucionou o cinema. Modificou a visão das pessoas sobre histórias e preconceito.

Fiquei muito feliz também em ver que a sala da sessão das 21:20 no Shopping D estava lotada. Lotada mesmo. Logo ao começo do filme, o Slogan da Universal em 8-Bits fez metade do público rir. Metade Nerds, Geeks, quem entende de Game. A outra metade estava lá por curiosidade, sem nenhuma afeição com games e com até mesmo a HQ.
Ao términio do filme, pessoas comentavam felizes, rindo, lembrando das cenas memoráveis do filme. Até mesmo aqueles que nunca jogaram um game em sua vida.
Meus pais, que estavam me acompanhando, já que o fato do filme só lançar no Shopping D, ferrou com o rolê de ir com meus amigos, gostaram muito do filme. Muito mesmo.




Fico feliz em ver tantas críticas brasileiras positivas sobre o filme, a maioria dando nota máxima, e outras poucas dando muito acima da média. O povo entendeu o filme. Não foram críticos chatos, pseudo-intelectuais que falam que o filme não tem muita razão, não tem significado, que é muito fantasioso.

Scott Pilgrim é algo puro, de sentimento, uma referência, uma luta com espada de pixels e até mesmo moedas no chão, ao derrotar alguém poderoso.

As referências, as músicas, as batalhas, o jeito dos personagens: tudo é um elogio a uma geração que cresceu jogando Nintendo e ouvindo MTV.




Ao passar o tempo, vemos que não temos que lutar para outras pessoas. Temos que, primeiro, nos respeitar, lutar por nós mesmos. È exatamente isso que Scott Pilgrim demonstra nos minutos em que é produzido.

Scott Pilgrim Contra o Mundo é um filme que faz uma comemoração, uma festa, um elogio, a uma geração que viveu num mundo revoltado, cheio de coisas que nunca tínhamos imaginado. Scott Pilgrim é algo inovador. È um dos melhores filmes que já tive a felicidade de ver. Algo diferente, em tantos outros iguais. Algo único.

Nota: 10/10


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