sábado, 27 de novembro de 2010

Crítica - Harry Potter e as Reliquias da Morte Parte 1



Harry Potter e as Reliquias da Morte Parte 1 não é nada mais além de uma desculpa para ganhar mais dinheiro. Claro que os produtores irão negar isso, dizendo que o ultimo livro da saga foi dividido em dois filmes por causa dos fãs.
Mas um fato foi que eles conseguiram transmitir a tensão, o medo, o drama e a sobrevivência em que as pessoas no mundo de Harry passavam.
Digo, acho muito dificil colocar todo o ultimo livro num único filme só. Admito, afinal, tem bastante história. Mas foi extremamente chato ver 2:30 de um filme sem muita movimentação.
Os primeiros minutos do filme foram épicos. Foram tensos, emociantes e dramaticos. O filme continua tenso e te prende até o momento em que Rony sai de cena. A partir daí é que começa uma lentidão muito grande. Digo, os personagens cresceram de forma absurda, tanto no visual quanto na atuação de seus personagens. A solidão de um mundo em guerra e ameaçado foi MUITO BEM transmitida por todos os envolvidos no filme. Mas precisava mesmo de tanta enrolação?
O momento em que estavam na floresta foi crucial para explicar o que eles estavam sentindo? Foi, e muito. Mas não era nescessário enrolar isso por 2 horas e meia de filme.
Foi muito bonito ver algumas cenas. Outras de personagens que participaram a tanto tempo na saga, ve-los morrerem foi triste. Essa era a tensão do filme. Eles produziram um filme tão fiel ao livro, que acabou ficando chato.
O final do filme é totalmente sem impacto. Como Mauricio Saldanha disse, se eles colocassem o trailer da parte 2 logo ao final do filme, ou um teaser de 50 segundos, teria um impacto bem maior. O final não teve impacto por vários motivos. Um deles é que ele não exploraram "As Relíquias da Morte" como era para ter sido. Podiam ter feito isso, em vez de terem ficado enrolando por tanto tempo.
Tá acontece tal coisa no final. E daí? Teve um raio enorme pra mostrar o poder do negocio e BUUUM acaba?
Que porra foi essa?
Podia colocar Voldemort e Harry se encontrando e com Voldemort dizendo AVADA KEDAVRA BITCH e acaba o filme. Aí sim. Depois descobrimos que é um sonho, na parte 2. Mas conseguiu despertar minha curiosidade e me fez assistir a parte 2.
Mas, mesmo com uma lentidão enorme do filme, eu o entendi como um filme maduro. Um filme que cresceu. A história agora não tem que ter milhões de pessoas explodindo, como a maioria dos filmes de guerra. Harry Potter é um filme de guerra com um tema muito maduro, muito adulto. E isso foi o que gostei nele.
Mas assim sim, foi foda ter 2 horas e meia de filme parado, mesmo com uma filosofia tão bela que foi transmitida para todos as pessoas que estavam vendo o filme.
Tá legal, só falei defeito do filme. Mas ele me decepcionou muito. Muito mesmo. É impossível ver o trailer desse filme e não falar: caralho que épico!
Principalmente se você assistiu todos os filmes da serie.
Fato é que imaginava um filme tenso e dramático e foi exatamente o que teve.
Transmitir o medo de estar numa guerra contra a escuridão, estar com medo de escutar o nome de seus parentes na rádio, os declarando mortos. Isso tudo é tenso, é dramático, é sinistro, e o diretor David Yates fez isso muito bem.
Um coisa que gostei muito foi a história, certamente, o problema foi que ela se torna confusa pra quem nunca viu a serie. As referencias a filmes passados, principalmente daquela vadia que matou Sirius Black, poucous iriam entender. Alías, quando Harry matar ela eu vou dar um grito no cinema falando: CHUPA SUA VADIA!!!1111ONE
Anyway, poucos iriam entender a épicidade que seria se Harry matasse aquela vadia.
Mas enfim, isso não é culpa do diretor. È culpa de quem não viu o filme.
Falei muitos defeitos não?
È, eu sou um otário mesmo, pois falei mal do precioso filme do Harry Potter, OH NOES.
Não é que não gostei do filme. Ele é bom. Mas só isso. Scott Pilgrim Contra o Mundo, A Origem e Kick-Ass dão um chute na bunda desse filme. Yeah, deal with.

Comentários Finais
Harry Potter e as Reliquias da Morte, é melhor que o "Enigma do Principe"? Sim, muito.
Enigma do principe foi um lixo de filme. O pior da saga sem dúvidas. Então a parte 1 foi boa? Mediana.
O filme acertou em transmitir o medo dos personagens de forma tão boa, mas falhou muito em enrolar a história "pelos fãs"(dinheiro tsc tsc).
Quais são minhas expectativas a parte 2?
Ela sim, creio que vai fechar a saga Harry Potter com chave de ouro. O clímax de toda a saga é ali. A batalha final entre Voldemort e Harry vai acontecer.
Afinal, esperamos isso a, mais ou menos, 9 anos, certo?

Nota: 7/10

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Crítica - Scott Pilgrim Contra o Mundo



O filme mais criativo, inovador, divertido, engraçado, original e inventivo da história do cinema.




Vocês já devem estar cansados de ouvir/ver eu falar desse filme. Mas para mim ele se tornou especial. Algo único.
Sempre sonhei em ter um filme que pudesse converter toda a magia dos games na grande telona. Sonho com isso desde que ganhei meu NES (Nintendinho). E isso foi as 5~6 anos de idade. Isso quer dizer que espero um filme magnifico, e brilhantemente dirigido como esse a 8~9. Podem me chamar de nerd. Mas, a grande maioria dos meninos, tem/tiveram o mesmo pensamento que eu. E nem ao menos pensou sobre isso, ou imaginou que você estavam lutando com espadas e monstros gigantes a sua volta para salvar alguem que amar, você é gay.

Quando vi o trailer de Scott Pilgrim Contra o Mundo pela primeira vez, não pude acreditar no que estava vendo. Pela primeira vez no cinema, iríamos ter um filme Gamer.
Moedas caem ao chão ao derrotar o chefe, pensamentos e idéias em formas de rodas que se movimentam rapidamente e de forma improvisaria para evitar constrangimentos, mas acontece justamente o contrario.

As letras VS aparecem ao oponente aceitar o confronto contra um dos 7 chefes que Scott Pilgrim tem que derrotar se quiser provar seu amor a Ramona Flowers.




Músicas que representam uma geração que foi criada numa sociedade crítica e revoltada com os acontecimentos ao redor do mundo. Relacionamentos que são tão reais, tão próximos e tão fatos que o telespectador se vê diante de algo que já passou pelos seus olhos, pela própria pele.

História que é taxada de ser infantil, mas que, na realidade, é madura, pura de sentimentos reais e das confusões da vida amorosa que temos durante a vida. As incertezas, as dificuldades. Tudo é passado aos nossos olhos ao vermos Scott Pilgrim lutando contra 7 chefes que o bloqueiam do que mais quer: sua amada.



Quando vi o filme no cinema, depois de esperar 5 longos meses, em que tive que aguentar escola, amigos que se tornam inimigos, pressões familiares para estudar ao vestibulinho etc, eu tive o prazer de ver esse filme que para mim, e outros, revolucionou o cinema. Modificou a visão das pessoas sobre histórias e preconceito.

Fiquei muito feliz também em ver que a sala da sessão das 21:20 no Shopping D estava lotada. Lotada mesmo. Logo ao começo do filme, o Slogan da Universal em 8-Bits fez metade do público rir. Metade Nerds, Geeks, quem entende de Game. A outra metade estava lá por curiosidade, sem nenhuma afeição com games e com até mesmo a HQ.
Ao términio do filme, pessoas comentavam felizes, rindo, lembrando das cenas memoráveis do filme. Até mesmo aqueles que nunca jogaram um game em sua vida.
Meus pais, que estavam me acompanhando, já que o fato do filme só lançar no Shopping D, ferrou com o rolê de ir com meus amigos, gostaram muito do filme. Muito mesmo.




Fico feliz em ver tantas críticas brasileiras positivas sobre o filme, a maioria dando nota máxima, e outras poucas dando muito acima da média. O povo entendeu o filme. Não foram críticos chatos, pseudo-intelectuais que falam que o filme não tem muita razão, não tem significado, que é muito fantasioso.

Scott Pilgrim é algo puro, de sentimento, uma referência, uma luta com espada de pixels e até mesmo moedas no chão, ao derrotar alguém poderoso.

As referências, as músicas, as batalhas, o jeito dos personagens: tudo é um elogio a uma geração que cresceu jogando Nintendo e ouvindo MTV.




Ao passar o tempo, vemos que não temos que lutar para outras pessoas. Temos que, primeiro, nos respeitar, lutar por nós mesmos. È exatamente isso que Scott Pilgrim demonstra nos minutos em que é produzido.

Scott Pilgrim Contra o Mundo é um filme que faz uma comemoração, uma festa, um elogio, a uma geração que viveu num mundo revoltado, cheio de coisas que nunca tínhamos imaginado. Scott Pilgrim é algo inovador. È um dos melhores filmes que já tive a felicidade de ver. Algo diferente, em tantos outros iguais. Algo único.

Nota: 10/10