Mesmo com uma ótima história, jogabilidade mais dinâmica e gráficos muito superiores aos anteriores da série, Assassin's Creed Revelations peca em certas áreas, mas não chega decepcionar... não muito.
Nunca concordei com o que a Ubisoft anda fazendo com a série Assassin's Creed atualmente, sabe, lançamentos anuais. È uma correria do cão pra fazer um jogo em um ano, e isso prejudica em diversos aspectos do jogo. Call of Duty é um grande exemplo disto: é a mesma coisa a 4~5 anos, e é lançamento anual. O maior problema deste novo Assassin's Creed não é exatamente a igualdade, em determinado aspectos, que está o jogo, e sim, a falta de fazer jus ao nome. Ele não revela nada de absurdo, só confirma algumas teorias e já fatos confirmados na série, o que traz, de certa forma uma decepção. Afinal, o titulo é Revelations, e espera muito mais em termos de revelações.
Desde que foi anunciado, Assassin's Creed Revelations era muito esperado pelo simples fato obvio: prometia responder a maioria das questões em aberto. Tá bom que é a maioria das questões e não todas, mas de qualquer maneira, o jogo responde algumas e traz mais ainda. Quem me conhece na vida real ou quem lê o próprio blog sabe que sou um fã da série, e me decepciona (e também preocupa) o caminho que a série tá levando. A história continua espetacular, o roteiro de Ezio em Constantinopla é fenomenal, fato, e traz surpresas, não da história principal e sim das reviravoltas que ela propõem. Já a de Desmond, traz certas revelações, como seu passado (mesmo esperando que eu iria controlar Desmond no passado e não jogar um tipo de quebra-cabeças em primeira pessoa) e dúvidas, o que nos prepara para entender melhor o personagem e jogar com ele por inteiro em Assassin's Creed 3 (nada foi confirmado sobre jogar com o Desmond, mas, parece que já está na hora, não acham?). Mas mesmo assim... não responde diversas coisas. O que era o sexto sentido que Juno falou a Desmond no final do Brotherhood? Pra que ele servia? O que Desmond tem que encontrar afinal? O templo, ou o DNA de Eva? Ou os dois? Por que Lucy morreu? Qual os motivos? O que tem na Apple do lendário Altair? Por que a Primeira Civilização veio até nós? E Eurodito? Aquele quem mandou as mensagem para Desmond e manipulou o site da Abstergo?
(Tem outras perguntas que se concretizaram neste jogo, cujo não falarei neste post. Esperem até o proximo em que falarei sobre a história completa da série.)
Muitas perguntas ainda estão em aberto e isso foi decepcionante.
Sobre a jogabilidade está a mesma coisa que a do Brotherhood. Sabe, aperte o botão de ataque até seu controle explodir, mate o inimigo e comece a atacar e matar os outros com um único ataque. Há ainda problemas, mas eles não atrapalham tanto.
Os gráficos deram um salto, nada gigante, mas é visível a diferença dos anteriores para esse. Os detalhes das roupas estão absurdamente impressionantes e bonitos, e a qualidade facial está linda, diferente dos anteriores, em que as faces dos personagens eram mal feitas.
O "Replay Value", o tempo de jogo, é relativamente curto. Zerei o Assassin's Creed Revelations em, aproximadamente, 10 horas, e se comparar com os outros, é relativamente curto. Não cheguei a jogar o Multiplayer, mas pretendo assim que minha versão do jogo de PS3 chegar do "espetacular" Ponto Frio que anda adiando a chegada do meu jogo.
Comentários Finais
O jogo está bom, está bonito, está viciante exatamente igual aos anteriores. A história está fenomenal, a jogabilidade dinâmica, os gráficos estão belos e a trilha sonora épica. O problema vem quando a promessa de Revelações não é cumprida como a maioria esperava. Mas, como sempre, o final deixa qualquer um de boca aberta, ansioso para o proximo jogo. E que venha o já confirmado Assassin's Creed 3, e que os rumores de que o jogo está em desenvolvimento desde Assassin's Creed 2 sejam reais... porque senão... a série pode finalizar ( AC 3 é o "Gran Finale" da jornada de Desmond, e não se sabe se teremos mais Assassin's Creed depois) de uma maneira bem... parecida com as anteriores.
Nota: 8,5/10